domingo, 17 de fevereiro de 2013

Refúgio

Quer escrever... Isso é sempre um refúgio... Também que mudar o mundo, talvez só baste mudar o seu mundo. Mas antes, porém, tem uma pilha de pratos para lavar.
Contrariada ela não sabe que lavar os pratos faz o mundo melhor... Não, ela não sabe.
Apenas dois pensamentos lhe tomam as ideias, acabar logo e sair para salvar seu mundo com sua caneta. Pois é, esta é sua arma. Ela nunca refletiu sobre isso, mas os heróis nem sempre salvam com alardes e estrelatos. Ah! Quantos heróis não salvam sua mãe de uma pilha de pratos?!

Entre a pressa e a vontade de salvar-se, sujeirinhas resistem despercebidas em talheres já lavados.
Ela corre para acabar antes que os textos sumam da sua mente, antes que o turbilhão de sentimentos os afogue... Enfim, acabou. Pegou o caderno, a caneta, sentou-se em sua cama e começou a colocar no papel o que estava sentindo antes de salvar sua mãe da pilha de pratos: " O choro que engoli mais cedo, brigou comigo agora para querer sair de dentro de mim... E o atrevido conseguiu fugir...".
Era isso, uma vontade incontrolável de chorar a possuía, mas chorar não a agrada. E mesmo assim, agarrou sua ursinha de pelúcia e descarregou as lágrimas. Ela ainda não sabe, mas estão por vir muitos e muitos sorrisos para compensar essas lágrimas... Para compensar a saudade que a malvada da distância insiste em colocar...

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